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Tecnologia na educação, com o surgimento e desenvolvimento de uma série de dispositivos eletrônicos, é normal que ocorram debates sobre as vantagens de utilizá-los em sala de aula. A grande questão é entender que a inserção de tecnologia é bem diferente de integrar os recursos ao projeto pedagógico.
Guia de acesso rápido:
1- Diferenças entre inserir dispositivos e integrar tecnologia na educação
2- Medidas para integrar tecnologia na educação
3- Benefícios da integração da tecnologia à educação
3.1- Ensino voltado para a eficiência educacional
3.2- Aprendizagem ativa
3.3- Conquista da autonomia
Podemos compreender que a inserção das tecnologias na educação apresenta-se distante de propiciar um ambiente para a construção de conhecimentos, uma vez que esse uso, na maioria das vezes está desalinhado da essência da educação: o aprendizado.
Como educador, independentemente da sua posição a respeito desse assunto, queremos convidá-lo a refletir sobre esse tema. Em primeiro lugar, falaremos da diferença entre “inserção de dispositivos” e “integração da tecnologia”. A seguir, falaremos do impacto dessa última ação na realidade escolar e na aprendizagem do estudante. Continue a leitura!
Em primeiro lugar, vale a pena destacar que esse é um tema que tem gerado discussões profundas. Embora o espaço não nos permita tratar dessa questão de forma tão abrangente, é importante pontuar as principais diferenças entre a inserção dos dispositivos e a verdadeira integração da tecnologia na educação.
Entendemos que inserir a tecnologia na educação é, como afirma a doutora em Didática de Disciplinas Científicas Marilena Bittar, adicionar um novo artefato na prática pedagógica sem fazer com que ele, de fato, provoque aprendizagem. Nesses casos, seu uso acontece de forma desconectada ao trabalho desenvolvido em sala de aula. Não existe uma consonância com as ações do professor e o dispositivo, seja ele um computador, uma lousa digital ou uma calculadora científica se torna apenas um recurso extra.
No entanto, ainda de acordo com a pesquisadora, o educador pode integrar a tecnologia na educação. Nesse caso, o recurso se transforma em uma ferramenta para que o professor consiga atingir seus objetivos em relação ao grupo de estudantes. O equipamento contribui efetivamente para o processo de aprendizagem, permitindo que o conteúdo seja melhor compreendido e explorado em seus diferentes aspectos.
Disponibilizar recursos tecnológicos para seus professores e estudantes não é suficiente. O primeiro passo para integrá-los em uma proposta pedagógica efetiva é trabalhar com a formação continuada de seus próprios educadores. Eles precisam compreender essa visão e descobrir juntos alternativas para transformar essas ferramentas em verdadeiros instrumentos a serviço da construção do conhecimento.
Além dessa atualização profissional, a escola precisa desenvolver alguns passos nesse sentido. Mapear as principais dificuldades de professores e estudantes é um deles. A seguir, ela precisa pesquisar quais são os recursos que melhor atendem essas demandas mais urgentes, o que possibilitará a criação de um plano de melhoria.
Não é novidade que, infelizmente, as escolas brasileiras têm um desempenho muito abaixo do esperado em exames oficiais como o PISA. Nosso déficit em Linguagem, Matemática e Ciências chega a ser vergonhoso quando comparado até mesmo a outros países da América do Sul que possuem limitações sociais e econômicas tão ruins ou piores que as nossas.
Quando se fala em Matemática e Ciências, percebe-se que a educação brasileira pode incorporar algumas práticas muito simples que potencializam o aprendizado das disciplinas relacionadas a essas áreas. Uma delas é o uso de recursos concretos nos primeiros anos de ensino (como o material dourado) e integrar a calculadora nas salas de aula, tanto nos anos finais do Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio, com planejamento de aula para que a ferramenta tenha um papel pedagógico dentro da classe e auxilie no desenvolvimento de competências e habilidades previstas no currículo.
Para isso, é preciso pesquisar o tema, debatê-lo com os professores, avaliar a experiência de países e instituições que adotaram essas práticas e criar um plano para implementá-las em sala de aula. Como toda novidade, vale a pena fazer e analisar resultados, identificando possíveis melhorias e iniciando novos ciclos de aperfeiçoamento.
Depois de entendida a diferença entre inserir e integrar tecnologia, podemos destacar os benefícios desse último conceito. Ainda segundo Marilena Bittar, muitas investigações realizadas ao longo dos últimos trinta anos comprovam que essas ferramentas contribuem para o processo de ensino e aprendizagem de Matemática.
De acordo com a pesquisadora, a tecnologia ajuda a compreender o raciocínio do estudante, bem como as dificuldades que ele apresenta em sala de aula e seu nível de compreensão. Ela também afirma que a tecnologia permite a elaboração de atividades que favorecem não só a aprendizagem coletiva, mas uma abordagem individualizada. Um exemplo são as atuais plataformas adaptativas, que criam uma trilha de conteúdos e exercícios personalizada, que atende às necessidades de cada um.
Além disso, existem outros benefícios na integração da tecnologia à educação. Selecionamos alguns dos principais e trataremos deles nos próximos tópicos.
Integrar a tecnologia à educação não é uma questão de modismo. Trata-se de observar a prática de instituições que obtiveram bons resultados com essas ferramentas e identificar as melhores formas de implementá-la para potencializar a aprendizagem.
Quando o professor consegue aplicar o conceito de integração da tecnologia, o estudante deixa de ter uma postura passiva na sala de aula. Ele é convidado a se envolver com o recurso para elaborar conceitos e solucionar problemas. Dessa forma, ele assume um papel ativo na construção do conhecimento.
Se estudante e educador aprendem que é possível utilizar a tecnologia para construir conhecimento, a evolução do aprendiz pode acontecer com maior autonomia. Quando o professor mostra como explorar todo o potencial de uma ferramenta e propõe situações desafiadoras, suas turmas podem se engajar para encontrar soluções sem tanta interferência, como precisam fazer na vida real.
A tecnologia na educação é uma tendência irreversível. Afinal, a escola não pode fechar os olhos para o fato de que estamos inseridos em uma sociedade digital e que é seu papel preparar os estudantes para essa realidade. Portanto, não é possível simplesmente rechaçar todo o aparato tecnológico afirmando que ele cria dependência e inibe o desenvolvimento do raciocínio.
É preciso, sim, ter uma visão crítica. No entanto, ela deve ser direcionada para criar alternativas que permitam apresentar a tecnologia como um instrumento útil para construir o conhecimento e desenvolver soluções. Dessa forma, os estudantes terão uma ferramenta contextualizada para alcançarem não só os objetivos de aprendizagem atuais, mas para atuarem na sociedade e no mercado de trabalho futuro.
Gostou do post? Acredita que seus colegas de profissão também precisam saber mais sobre essa diferença entre inserir o computador ou integrar a tecnologia na educação?
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Ana Cláudia Cossini Martins
Professora Especialista em Currículo (Física)
Secretaria de Educação do Estado de São Paulo
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Maria Regina Duarte Lima
Professora Especialista em Currículo (Matemática)
Secretaria de Educação do Estado de São Paulo
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Paula Roberta Pereira da Silva
Professora Componente Física
Secretaria de Educação do Estado de São Paulo